Vale a pena comemorar o Bicentenário da Independência?

Autores

Palavras-chave:

Brasil, bicentenário, independência, memória

Resumo

O artigo examina a tradição da comemoração de grandes aniversários nacionais desde as exposições universais do século XIX até nossos dias. Inspira-se na obra de Pierre Nora sobre os “lugares da memória” (lieux de mémoire) e analisa a tensão entre a intensificação da paixão comemorativa e a contestação crítica a “heróis” e “glórias” do passado. Propõe uma abordagem do bicentenário na base da raiz etimológica de com-memorar, lembrar juntos, em atitude voltada não ao passado, mas empenhada em dar balanço no que se fez e propor uma visão sobre o que falta fazer na construção perene do país.

Biografia do Autor

Rubens Ricupero

Diplomata aposentado, historiador, foi embaixador junto à ONU (Genebra), em Washington e Roma; assessor de Tancredo Neves e José Sarney; ministro do Meio Ambiente e da Amazônia; ministro da Fazenda; Secretário-Geral da UNCTAD. Atualmente é titular da Cátedra José Bonifácio da USP para 2022 e Conselheiro Emérito do CEBRI.

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Publicado

2022-02-09 — Atualizado em 2022-02-09

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Como Citar

Ricupero, R. (2022). Vale a pena comemorar o Bicentenário da Independência?. CEBRI-Revista: Brazilian Journal of International Affairs, (1), 114–128. Recuperado de https://cebri-revista.emnuvens.com.br/revista/article/view/16