O lugar do Brasil

Autores

  • Marcos Azambuja

Palavras-chave:

política externa brasileira, diplomacia, relações internacionais

Resumo

O presente ensaio argumenta que, devido à tradição diplomática brasileira, historicamente cautelosa e pouco suscetível a incorporar mudanças abruptas de rumo, o novo governo brasileiro não empregará “uma nova política externa”, mas sim uma urgente e necessária correção e atualização de discursos e posições que foram ultrapassados pelas mudanças do cenário mundial, ou que se revelaram inadequados por recentes erros nossos de julgamento e ação. O texto conclui que a diplomacia brasileira tem suas bases assentadas em um trade-off essencial: ao buscar maior acesso às múltiplas instâncias do poder mundial, o Brasil deve, por seu lado, oferecer garantias de um comportamento internacional que inspire ampla confiança. São ressaltadas algumas áreas que não têm sido prioridade para o país e nas quais o Brasil possui vantagens comparativas e grande potencial, a exemplo da disponibilidade hídrica, da valorização da nossa cultura e das relações com a África.

Biografia do Autor

Marcos Azambuja

Conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI). Ex-secretário-geral do Itamaraty (1990-1992), foi embaixador do Brasil na França (1997-2003) e na Argentina (1992-1997).

O Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova York. Fonte: Wikimedia Commons.

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Publicado

2023-03-29

Como Citar

Azambuja, M. (2023). O lugar do Brasil. CEBRI-Revista: Brazilian Journal of International Affairs, (5), 16–30. Recuperado de https://cebri-revista.emnuvens.com.br/revista/article/view/101